sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Divagações


Quando nos sentimos minimamente mal (quanto mais não seja por uma coisa insignificante de nada) pensamos logo:

"Porquê eu?"

"Porquê a mim?"

"Que mal é que fiz (a Deus)?"

"Sou assim tão má pessoa?"
"Há pessoas piores que eu e isto acontece-me a mim?"
"Não consigo (ultrapassar/fazer isto)."
"Não devia ter nascido."
"Este mundo não é para mim"

Estes são apenas poucos dos vários exemplos de perguntas e/ou afirmações que eu, tu e muita gente já terá feito a si mesmo. Ainda agora muitas vezes as faço e de certeza que muita gente ainda as faz.

Afinal de contas, não é normal do ser humano interrogar-se?

Procurar conhecimento necessário para obter as respostas que mais deseja às perguntas a si mesmo feitas?



Pois...
O problema é que não temos esse privilégio (eu diria antes luxo) porque isso faria de nós um ser superior e aí... Isto já não teria piada nenhuma...
Mas muitas vezes gostava de ter as respostas chapadas num livro porque muitas vezes a pressão (do mesmo ou de outras pessoas) é muita e fica-se a ficar farto disto (ou com medo de viver).


Quantos não pensaram em obter as suas respostas?
Se calhar estamos todos a espera de uma revelação, epifania, apoteose ou de um coma para nos dar aquele estalo psicológico que nos acorda para a vida.

Muita gente já os dá, só que temos a cabeça muito dura, seja por orgulho, solidão, indiferença, ganância, medo, etc e evadimos o estalo muito subtil e friamente.


Mas há pessoas que levam esse estalo de uma maneira tão bruta e que aproveitam melhor a vida mais do que ninguém.
Aqueles que evadem têm que parar quietos, serem masoquistas e puxarem pelos seus sentidos e viver as suas emoções!
Podemos estar mal... mas há sempre alguém em pior estado.


Pessoas no meio de um campo de guerra, pessoas a morrerem à fome que se matavam por comer um simples pão e muitos de nós preocupamo-nos com coisas fúteis como por exemplo "Tenho que comprar roupa nova porque estou farto/a da que tenho agora." ou "O almoço hoje é peixe? Hey, que nojo, não gosto." (Não me estou a lembrar de mais, mas de certeza que cada um se lembra de um exemplo menos)... É triste mas é verdade.


André Santos

nº 26024







quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Bad Boys - Eles andam aí!



A PSP de Braga apreendeu, numa feira de livros, alguns exemplares de um livro sobre pintura. A polícia considerou que o quadro do pintor Gustave Courbet, reproduzido nas capas dos exemplares, era pornográfico. Em mim, despertou-me ainda mais o interesse em comprá-lo!

Gustave Courbet foi um pintor oitocentista e o fundador do realismo na pintura. Nesta obra, pintada em 1866, de que tanto falam e acusam de «pornografia», ele pintou uma mulher expondo as suas coxas e o sexo, que significa a origem do Mundo e nada melhor do que esta imagem para o caracterizar. Muito criativo. Brilhante!

É a sua obra mais conhecida, pois abalou profundamente o meio artístico da época, tendo sido mesmo proibida a sua exposição na altura. Era um pintor muito "conhecido na França precisamente pela sua destreza técnica e pela sua atitude crítica e corrosiva em relação à sociedade burguesa, que não perdia ocasião de afrontar".

O quadro está actualmente exposto no Museu D'Orsay, em Paris. Mais um motivo para lá ir!

E a seguir? A reencarnação do Salazar? Do Hittler?
Censura de músicas? Poesia?

Mais cultura e cuidados ortográficos deviam ser implementados e adquiridos por esses agentes armados em Bad Boys. A imagem choca? É mesmo para chocar. A interpretação é muito mais do que a imagem que está lá representada. E há tantos outros assuntos chocantes e vergonhosos neste país, vão agora ficar chocados com o que vêm todos os dias? As criancinhas? Ooh siim.. As novelas da TVI são muito mais íntegras. Têm bolinha vermelha e tudo.




UUUUUUH!!! Bad boys watcha gon,watcha gon,watcha gonna do?
When they sudedongdong come for you?
Let me! Whatcha wanna do? When they come for you?

Bad boys,bad boys whatcha gonna do whatcha gonna do?
When they come for you?
Bad boys bad boys whatcha gonna do?
Whatcha gonna do whatcha gonna do when they come for you?

When you were eight and you had bad dreams you go to school
And that's the golden rule, So why are you acting like a bloody fool?
If you get hot then you must get cool!

Bad boys,bad boys whatcha gonna do whatcha gonna do?
When they come for you?Bad boys bad boys whatcha gonna do?
Whatcha gonna do whatcha gonna do when they come for you?

You chuck it down thas one,
You chuck it down thit one,
You chuck it down ya mother,
And ya chuck it down ya father,
Ya chuck it down a brother,
And ya chuck it down ya siter,
You chuck it down that one and you chuck it down Me!

Bad boys,bad boys whatcha gonna do whatcha gonna do?
When they come for you?Bad boys bad boys whatcha gonna do?
Whatcha gonna do whatcha gonna do when they come for you?

Nobody hit ya over Break,
Please stop acting over Break,
No soldier man will give ya a break,
Then Your eyes would give you wits Hhh!

Bad boys,bad boys whatcha gonna do whatcha gonna do?
When they come for you?Bad boys bad boys whatcha gonna do?
Whatcha gonna do whatcha gonna do when they come for you?
When they come for you?)
Why did you have to act so mean?
Don't you know you're a human being?
Born of a mother with the love of a father,
Reflexion comes and reflexion goes,
I know sometime you wanna let go
hehehe i know sometime you wanna let go

Bad boys,bad boys whatcha gonna do whatcha gonna do?

cátia vide
n.º 26027


PÉTALAS PERDIDAS


Nasci através de uma semente, na terra cresci e vivi todos os dias, alimento eu dei, ora aos da terra ora aos do ar, quase que fui à vida por causa de tempestades ou por falta de água, muitas pétalas perdi, muitas me cresceram, muitas das sementes que dei à terra nunca floresceram e muitas voaram para longe com ventos, outras cresceram normalmente e passaram pelo mesmo que eu, ou estão melhor do que eu, em casa de alguém.

Resumindo, a vida nem sempre é como nós queremos ou imaginamos, por isso não vale a pena estarmos a planear muitas coisas, porque a vida nos reserva muitas surpresas.



Renato Silva Com_06

6º "Espaço semanal Ricardo Ferreira"

Esta semana, no 6º "Espaço semanal Ricardo Ferreira", falarei da morte do Presidente da Guiné-Bissau (Nino Vieira)!
Gostaria de começar por referir que o assassinato deste homem é um atentado à democracia. Visto que este foi eleito para a função que desempenhava pelo povo guineense. Quanto aos pormenores que rodeiam a sua morte devem ser analisados. O motivo que mais tem vindo a público é a retaliação à morte do Chefe das Forças Armadas – principal opositor político de Nino Vieira (supostamente a mando deste último.). A ser verdade, sinto-me forçado a proferir a já conhecida expressão “Cada um tem o que merece”. Caso contrário, se o motivo for a simples remoção de Nino Vieira do seu cargo, é de todo lamentável este tipo de ataques à democracia (como anteriormente referi).

Até para a semana!

Ricardo Ferreira nº 26039

VIDA * (cheia/vazia)



Vida sem problemas, vida sem saber o que é a dor, vida de alegria, vida de diversão, vida cheia. Vida que desde sempre não havia em que pensar, vida que nunca me deixou ficar mal, vida protegida por todos aqueles que me rodeiam, vida de noite, vida de dia, vida cheia. Vida que um dia me surpreendeu, vida que me fez conhecer-te, vida que me fez amar-te, vida cheia. Vida que durante longo prazo me fez entregar-me a ti, vida que me fez feliz, vida que me fez sonhar, vida cheia. Vida que me fez conhecer a razão de tu existires, vida que me fez conhecer a mim, vida que me disse o que é sentir, vida que me disse o que é fazer falta, vida cheia. Vida que me ensinou o que é perder, vida que me fez triste, vida que me deixou sem amparo, vida que me deixou sozinha, enfim vida que era cheia agora é vazia.

Jessica Pinto
nº26030

5º "Espaço semanal Ricardo Ferreira"

Esta semana, no 5º "Espaço semanal Ricardo Ferreira", falarei do caso da censura no Carnaval de Torres Vedras!
Este é um caso tão caricato como inacreditável. O facto de censurarem uma “piada”, ao computador “Magalhães”, na sociedade contemporânea é demasiado ridículo. Para além disso, esta situação é um insulto aos indivíduos que conseguiram derrubar a Ditadura em que Portugal viveu. Assim sendo, é crucial alertar as entidades responsáveis, neste caso o Ministério Público, para que este tipo de problemáticas não se repita. Sendo que o já reconhecido ditado diz “É Carnaval, ninguém leva a mal”, esta é uma situação em que o mesmo não se pode aplicar. Pelo contrário, pois mesmo sendo Carnaval, toda e qualquer pessoa deve “levar a mal”…

Até para a semana!

Ricardo Ferreira nº 26039

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Em exibição:

Uma pequena história é onde tu te encontras.

Desempenhas um papel obrigado,

Uma personagem única,

Já tens o palco e o elenco.

O cenário são os lugares por onde passas:

Casa, escola, cafés, autocarros,

Jardins, centros comerciais...

O elenco?

Amigos, família,colegas, professores, conhecidos, rivais.

Cada dia o título da peça é mudado

Mediante a disposição que encarnes...

Alegria, tristeza, indiferença, ódio...

Ser figurante é fácil

Afinal de contas, em algumas histórias,

Não passamos de uma simples pessoa a deambular.

Mas querer ser figurante na história

Na qual tens de ser protagonista...

Esse papel é obrigatório desempenhar!

Faz-se tarde,

O pano cai,

Ensaia a próxima história, a próxima peça

Para o pano voltar a erguer.



André Santos

Nº 26024


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

A Piadinha de Carnaval

Venho aqui para corresponder a uma sugestão dada pelo meu homólogo e caríssimo amigo Ricardo, da turma de 3º de comunicação da Escola Profissional do Infante.
Aqui irei abordar um assunto bem propício para esta época, visto que, acaba por ter sido, a meu ver, uma partida de carnaval para com a terra de Torres Vedras. Para a terra e também para todo o Portugal.
Ora fazendo uma contextualização do municipio de Torres Novas. Esta bonita terra encontra-se perto da Lourinhã, Matacães e Varatojo. Já estes nomes podem ser alvo de chacota, mas não, o tribunal decidiu pregar a partida carnavalesca ao próprio município de Torres Vedras.
O que aconteceu, portanto, foi que o Ministério Público decidiu proibir a colocação de umas imagens ditas pornográficas no ecrã de um protótipo de Magalhães feito em esferovite.
Tenho dois reparos a fazer: Este Magalhães era verdadeiramente feito na sua totalidade em Portugal, ao contrário do original, ou não fosse o carnaval de Torres Vedras o mais português de Portugal. Depreende-se portanto que não haverá “garotas brasileiras” a dançar no cortejo.
Por outro lado, a marca Magalhães quer tornar-se num “monstro sagrado” da sociedade Portuguesa, muito ao estilo da Windows, Macintosh ou até Asus. Como tal nunca na vida poder-se-ia sequer pensar em satirizar esta sagrada marca. Com a pena de termos um Diácono Remédios à perna no dia seguinte.
A postura do presidente da Câmara, Dr. Carlos Miguel, foi também de sátira e ironia, como quem comenta uma qualquer conversa de café. Não fosse estar a ser violado um dos direitos fundamentais adquiridos com a conjuntura da democracia, conseguida através de muito esforço. Mas é normal, é carnaval e ninguém leva a mal. Agora fico na dúvida se este presidente não se poderia tornar no próximo Badaró, o homem tem jeito para a coisa. Mas também, depois de consultar o site da câmara, cheguei à conclusão que com a cara que este senhor dispõe seria praticamente impossível não conseguir fazer rir até o mais difícil dos públicos. Sugiro que entrem no site e cliquem em câmara municipal e em seguida em presidente. Pois é, se já o fizeram, irão reparar que este senhor é muito fotogénico.
Outro assunto que gostaria de referir é que se aquelas imagens são consideradas pornográficas aconselho a todos os pais a colocarem uma venda aos filhos quando assistirem a metade das novelas que passam na TV pois, se isso não acontecer, poderemos perder os nossos filhos para o lado negro da força.
Mas acham que a outra história ficaria por aqui? Nunca. Pois então, numa manobra de bom humor, o Ministério Público, depois de ter recebido um pedido da recolocação das imagens, decidiu aceder ao pedido, assim como quem diz: “Tomem lá, apanhei-vos, vós pensastes que tínhamos voltado ao tempo do lápis azul! Isso não seria possível com este grandioso primeiro-ministro que tanto faz pela grandeza do nosso país! Isto é carnaval e ninguém leva a mal! (confetis) ”
Tenham vergonha senhores!

Lúcio Neves

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

A mudança continua ...


A hora de vir ao mundo chegou!
Era tudo tão doce, tão tranquilo, que pensei que estava num sítio que me sentiria segura. Meus olhos começaram a ver algo ofuscado, mas mesmo assim conseguia aperceber-me e distinguir as coisas, mas tudo era igual… sim! As cores começaram a ser cores! Sentir o gosto e sabor de coisas tão sadias. Vozes já muitas vezes ouvidas e reconhecidas, outras nunca antes ouvidas.
Minha boca começou a fazer meneios, a fazer um som estranho, até que me apercebi que estava a falar, a comunicar. Lembro-me dos saltos, dos berros, das fitas, dos carinhos, das corridas, das brincadeiras desta época, mesmo da minha bata do infantário toda enodoada de chocolate! Tudo era simples e fácil! Mas com o passar do tempo, acontece!
Torno-me mulher, obstáculos surgem e esses agora tenho de ultrapassar sozinha. Cometo erros condenáveis, outros até obtusos, mas tudo servia de aprendizagem, no final de contas não passo de uma mera aprendiza! Estava num sítio que nunca antes tinha deslumbrado, sentido, e muito menos deambulado.
Tudo em mim desenvolve-se, meu corpo, minha mente, até meu lar. Estava em constante mudança, cada vez mais obstáculos, cada vez mais difíceis, mas sem nunca desistir. Foi então que me apercebi que o meu objectivo era lutar, para viver, não sobreviver! Que estaria eu a fazer num sítio a lutar e lutar dia e dia? Qual a razão? Estas perguntas perseguem-me todos os dias, mas sei que o tenho de fazer, de maneira a que não me calquem! Usam-me! Utilizam-me para proveito próprio! Foi então que me deparei com pessoas que calcam outras para subir, outras que dão tudo por pessoas que nem conhecem, outras só dão valor ao que têm depois de a perderem, outras, que crescem com os seus erros, outras maldosas, arrogantes e egoístas. Se calhar até possuiu algum destes defeitos ou qualidades como quiserem dizer ou identificar …. Mas…. Mas não me importa!
Eu estou em constante mudança, todos os dias tenho mais uma coisa e deixo de ter outra. Pensava que tudo girava à minha volta, que eu tinha problemas que ninguém poderia ter, mas enganei-me! Eu não sou cega! Eu não tenho doenças! Eu não morro á fome! Eu tenho uma família e sou amada por ela! O que importa mais? Dinheiro? Sim preciso para sobreviver, mas não é o que me torna uma pessoa melhor, mas sim com quem estou, o que faço, como magoar uma pessoa sem me aperceber, entre muitas mais coisas. Afinal a razão de estar aqui não é uma pergunta! Começa a ser uma resposta, uma ajuda, uma pista ou até um conselho. Mas uma pista para quê? É um jogo? Não! É uma vida! E nela reparei que tudo que era importante deixou de ter importância. Que o que realmente é importante eu consigo ter! Sei que continuarei em mudança… a mudança faz-me bem!
E tudo que me importa é que eu esteja bem e quem eu mais amo também, o resto terei respeito e consideração, mas nem para todos, pois na verdade não confio no que dizem mas no que vejo...


Sara pinto
26041

4º "Espaço semanal Ricardo Ferreira"

Esta semana, no 4º "Espaço semanal Ricardo Ferreira", falarei da reeleição de José Sócrates como Secretário-geral do Partido Socialista (PS)!
Esta reeleição é tudo menos inesperada, porém gostaria de destacar certos aspectos que a rodeiam. Relevo o facto de este não ter tido qualquer oposição, pois deputados do PS, como Manuel Alegre, apontam vários defeitos ao actual Primeiro-ministro. Contudo, nenhum deles teve a audácia de se candidatar. Embora eu tenha a plena noção que, actualmente, José Sócrates nunca seria destronado do cargo, considero que seria interessante escutar as vozes da oposição (dentro do partido). Por outro lado, sei que se existissem opositores a Sócrates poderia ficar ferida a imagem do PS junto dos cidadãos nacionais. Assim sendo, a reeleição deste governo nas próximas eleições seria, inevitavelmente, prejudicada. Em suma, espero que após esta reeleição José Sócrates não fique, demasiadamente, arrogante em relação ao seu status dentro do partido Socialista. Fico, a partir deste momento, a aguardar pelas futuras declarações socialistas em relação ao Primeiro-ministro e seu governo.

Até para a semana!

Ricardo Ferreira nº 26039

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

A espontaneidade é inata ou adquirida?? (excerto do trabalho de Psicologia)

Texto retirado da internet:

“Certa noite, há anos atrás, fui a um concerto. Tudo ok, até uma criança que estava na primeira fila, saltar para o palco e começar a cantar, acompanhando o vocalista. Todos acharam imensa graça e, a dita criança, saiu de lá contentíssima porque tinha tido a sua oportunidade de brilhar, fazendo somente aquilo que queria naquele momento. Esta memória não desapareceu porque, mais importante que tudo, após a menina ter saído do palco, o vocalista da banda, agradeceu a presença daquela figura que os acompanhou e em jeito de reflexão, acrescentou: Pena, que se perca ao longo da vida esta espontaneidade!”


A espontaneidade e vontade de aprender, são-nos inatas, até que algo acontece e… deixamos de dar a devida atenção ao que somos na nossa essência.
É importante socializar e muitas vezes criticamos as pessoas inconscientemente e nem pensamos as razões da pessoa fazer tal acto.


Paula Rocha
nº26035

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Saber aceitar o fim porque por um momento deixamos de existir, para viver...


Ela subiu lentamente a muralha daquele castelo, para lá dela via-se um imenso vale verdejante e coberto de uma fina neblina, Era uma imagem grandiosa, inquietante, misteriosa mas lindíssima. A muralha ocupava o último pedaço de terra que antecedia uma encosta escarpada que abria caminho para 2kmde profundezas desconhecidas.
Com a pele arrepiada da beleza daquele momento, passou uma perna por cima da muralha, seguida da outra e sentou-se nos últimos centímetros de morada, sem qualquer apoio, sem qualquer segurança, apenas um segundo do tudo e do nada.
Ele subia as escadas que davam ao castelo, iria encontra-la outra vez. Ao chegar à muralha, parou atónito com o que os seus olhos lhe transmitiam, qual seria a ideia dela?
Estaria prestes a cometer o suicídio ou simplesmente a dar aso à sua despreocupação pela vida? Aproximou-se lentamente da muralha, encostou-se junto dela sem proferir uma palavra, simplesmente à espera.
- Olá
– Olá, respondeu ele.
- Senta-te aqui, convidou ela com um sorriso espalhado pelo rosto.
Ele olhou a paisagem, porque não? Nada acontecerá, teve ele a certeza, e subiu.
- Sabes porquê que tememos estar aqui? Aqui a um centímetro da morte? Uns iriam dizer que temiam que alguém aparece-se por trás e os empurra-se, outros iriam dizer que temem um acaso da natureza, o vento um tremor de terra, que os faça cair.
Mas sabes o que temem na realidade? Temem-se a si.
Sentimos medo de nós, medo de não resistirmos à tentação de por um momento pudermos abraçar toda a beleza da infinitude da natureza, pudermos fundir-nos com esta imensa paisagem, fazermos parte dela ainda que por um derradeiro e último momento. O mesmo se passa com a felicidade, tememos arriscar a vida para a alcançar, tememos arriscar a prudência e simplesmente sentir a vida, viver a vida, acreditar que é possível alcança-la sem cairmos da muralha a baixo. Estar aqui é o acto de confiança em nós e no mundo, é seguir o que o coração nos dita sem temer o amanhã, saber aceitar o fim porque por um momento deixámos de existir, para viver.

Sara Pinto
26041

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Uma coisa frágil ..


Os olhos pesados, o corpo pesado ..

Tão pesado com vontade de cair morto no chão e isto porquê?

Para nada sentir, ficar dormente num casulo de felizes recordações de quando tudo era mais simples.

Era criança .. Não .. Era tudo mais simples quando não passava de um embrião .. Tudo o que eu fazia não tinha consequências .. Nem boas nem mas .. Apenas neutralidade, indiferença ..

Mas passados 9 meses veio um ser estranho ao mundo.

A inocência já se foi e a alma mudou ..

Qualquer pessoa sentir se ia afectada pelo mundo que lhe espera. Umas nem tanto porque estão mais que prontas para o enfrentar as outras .. Lá sobrevivem .. Com medo de mudança e de amor ..

Logo hoje o grandioso Dia dos Namorados ..

Afrodite e Eros estão demasiado ocupados .. Uns são acertados com as setas outros ficam com a coroa da tristeza e do medo, a coroa dos que fazem d coitadinhos por assim dizer .. Só que muitas pessoas esquecem se .. Uns triunfarão d asas abertas para o horizonte, outros cairão brutalmente num mar de sonhos jamais tornados realidade .. Uns ficarão com o coração forte e determinado, outros cm o coração fraco e roído pelo medo.

O coração é uma coisa frágil, tão frágil que nenhum humano devia ter um, pois aqueles que têm coração de pedra esmagam os sensíveis.

Com o tempo voltam-se a reconstruir, com e/ou sem ajuda. Toda a gente precisa do seu espaço, do seu tempo. Mas também da ajuda de outros .. De outros que o façam sentir melhor com palavras sentidas e brincadeiras de amigos .. mas nem sempre as brincadeiras são a melhor maneira de ajudar .. mas isto vai de cada um .. mas, palavras sinceras e sentidas .. Sim.

Pode-se considerar uma pessoa insegura com um frágil coração.

Agora que vejo, isto deu uma volta tremenda! Ao início falo de uma coisa e depois, com a divagação, já me centro mais em corações ..

Enfim .. Inté.



André Santos

nº26024


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

ola turma *.*



Olá turma =D
Espero que esteja tudo bem.. mesmo sabendo do stress da pap ... ehehe
Como ainda nao tive tempo de vir aqui ao blog aproveito agora para dar os parabéns ao Pedro pela criação deste novo blog, ta muito fixe. Parabéns também ao pessoal da turma que também ja postou texto e imagens, ta muito fixe...=D
Boa sorte a todos para a apresentação da pap..
Ah e quanto ao menino Ricardo vê lá o que falas do porto XD tou atenta aos teus postes sobre isso ehehe falas mal do porto falamos la fora lool
bjinhus a todos
by: Paula

“Não me lembro do nome, mas recordo-me da figura. Adolescente ainda, corpo sem graça, cara banal, nada que atraísse ou convidasse a um sorriso mais quente, olhar ou afago. Tumor na cabeça, de grau moderado, condenava-a à morte mas não para já, para mais logo, na escala do tempo que é própria dos médicos. Tolerou a radioterapia sem um queixume, com a resignação dos pobres. Sempre a vi sozinha. Sul-americana, da Colômbia talvez, vivia com uma avó velha sem força ou dinheiro para a acompanhar. Pontual para as sessões de quimioterapia ou para o confessionário da assistente social, cumpria as regras, baixava a cabeça. Pouco a pouco tornou-se invisível. Não falava, não chorava, como uma sombra existia sem provocar em mim qualquer sentimento particular. Apenas um corpo, sem cabelo, quase sem voz e sem adereços.
Claro que me interessava pelos seus estudos, pela sua vida, mas de uma forma distraída, porque tinha que ser. Na cama do Hospital era como cliente em mesa de restaurante, servida com um sorriso de circunstância e o enfado de uma maçada. Todos os dias a via, todos a esquecia. Não transportava para casa a memória daquela figura, sem garra ou chama, que de tão banal, em Nova Iorque, quase ofendia. O tempo aproximava-se, confesso, mais depressa do que esperava. O cancro, como todo o mundo, não tinha com aquela rapariga qualquer cuidado, e entretinha-se, a passos largos, mas com segurança, a destruir-lhe o cérebro, fazer troça dos membros que, pouco a pouco, como bonecos sem pilhas, pendiam imóveis. No meu intimo, atribuía-lhe culpas pelo avanço da doença. Falta de respeito não melhorar.
No entanto, tinha para mim o olhar dos cães, de barriga para cima, patas encolhidas, suplicando uma festa. Fiel, caminhava ao meu lado, e eu nem a via.
Como querias que adivinhasse? E’ tão difícil pôr-me na pele dos feios. Se fosses bonita... se fosses bonita a doença parava para pensar. Hesitaria decerto, envergonhada. Contigo não, apaga-te como palavra mal escrita, resto do prato. Uma vida como um engano. Desculpe, sim? Lixo de rua que o jacto de água empurra para a valeta. Conta mal feita sem prova dos nove.
No ralo da banheira cria-se um vácuo. A água imita o tornado, acelera o movimento, gira, gira, e some-se para o centro da terra. Assim eras tu. Desaparecias, sugada, liquida, por uma fenda no chão que eu não via, mas pressentia. Como querias que adivinhasse? E’ tão difícil pôr-me na pele dos feios. Enquanto acabavas, nos instantes em que te sumias pelo o ralo da morte, o teu olhar era de espanto e de raiva. Descobri então que tinhas sonhos, ilusões, fantasias. Decerto sonharas com amores-perfeitos, confortos burgueses, filhos, passado. E também com um medico jovem e competente, capaz de apagar, como um rascunho, a doença que te não pertencia.
Durante anos sonhei com uma rapariga vestida de chita que tinha caído ao mar. os óculos quebrados não a deixavam ver com nitidez o rapaz que brincava nas rochas. Para ele estendia os braços e rogava ajuda, mas o rapaz negava e, com voz sumida, virava a cara e dizia: «não posso». E no entanto, o sol brilhava, a maré era baixa, e havia camarões pequeninos nas poças de água que as rochas mantinham na cova da mão. Desapareceste engolida por areia movediça. Assustada estendias para mim os braços erguidos como a criança que roga por colo. Não peguei em ti, não tinha força. Os meus braços caídos, inúteis, inertes de nada serviam.
Tanto ódio nesse olhar. Ouve, não pensei que te zangasses, que houvesse revolta, que não aceitasses... Que queres, não posso. Estendia-te a mão se conseguisse. Juro que estendia. A doença não deixa. A vida esvai-se como água num ralo e tu vais cair no centro da terra. Vê se percebes, não te posso ajudar, fechou o guichet, falta o impresso, não tenho troco-mas neste momento, se quiseres acredita, no momento preciso em que te somes para o fundo, reparei que existias.” (Nuno Lobo Antunes)
Post: Sandra'Antunes

Homem-Perfeito



Algum candidato?

... Hum... Bem sei que não! xD

Dizem-me: " Sandra, não vale a pena, não cries ilusões, acaba com todas essas expectativas, não existe"

Mas o que é que interessa afinal?

A nossa Verdade ou a Verdade de outrém?

O pior cego é o que não vê, ou o que não quer mesmo ver?

Uma frase, várias perspectivas...

Mas no final, todos sabem a mesma Verdade, a Verdade da realidade que nos envolve e nos transforma no que não somos, nem queremos ser, mas somos obrigados...

As pressões, expectativas...

Eu sei a Verdade... Todos o sabem...

Mas não quero ver, não me obriguem a isso...!

Viver a Realidade social, ou a Realidade da alma?

Tanto faz, acaba por ser a mesma, no fim de contas, tornar-mos-e-mos IGUAIS!

"O mais perfeito, é aquele que sabe ser Imperfeito... E tem orgulho disso!"

A) Aqueles essênciais

Sandra'Soares 26040

Bipolaridade.

Uma pessoa..
Duas faces..
Um ser...
duas personalidades...
Tudo na vida tem uma razão de ser...
E a tua não vale nada...
(como diz a Sandra: "ODEIO PESSOAS CADA VEZ MAIS!")
Jessica Pinto
nº26030

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Efeito Borboleta: Ana Rita, André, Cristiana e Hugo.







Efeito Borboleta - psicologia




1.1. A Psicologia
A psicologia é a ciência que estuda os processos mentais, isto é sentimentos, pensamentos, razão e o comportamento humano e animal. Outro objecto de estudo da psicologia é a personalidades inadaptáveis com comportamentos desviantes, chamados de psicopatologia. Entre outras actuações que esta ciência permite ao profissional da área, estão a explicação dos mecanismos envolvidos em determinados comportamentos, assim como preveni-los e modifica-los.
A psicologia é uma ciência considerada tanto das áreas sociais, ou humanas, como da área biomédica (por exemplo, a neuropsicológica faz parte deste aspecto), assim ela é estudada tanto em métodos quantitativos como em métodos qualitativos. Estes métodos aplicam-se ao estudo dos processos psíquicos, geradores de comportamentos e vice-versa. Os estudos clássicos em psicologia baseavam-se justamente nos comportamentos, que eram directamente observados, que faziam com que o psicólogo inferisse um processo psíquico; porém, na actualidade, também é possível, mesmo que rudimentarmente, estudar os processos psíquicos na sua origem. A introspecção é outro método para chegar aos processos conscientes. Todavia, esta introspecção é um processo que necessita ser acompanhado e guiado por um psicoterapeuta, dada a dificuldade intrínseca que comporta. Isto deve-se ao facto de cada um de nós possuir mecanismos defensivos (que não dependem da nossa vontade) que têm como função impedir o acesso aos produtos do nosso inconsciente como forma de nos proteger da desorganização mental. Existem vários outros métodos desenvolvidos, cada um para estudo de um ou mais processos mentais.


1.2. O início da Psicologia
Considera-se como fundador da psicologia moderna Wilhelm Wundt, por ter criado, em 1879, o primeiro laboratório de psicologia na universidade de Leipzig, Alemanha. A psicologia se tornou uma ciência independente da filosofia graças a Wundt, nos finais do século XIX. Foi a partir deste acontecimento que se desenvolveram de forma sistemática as investigações em psicologia, através de vários autores que a esta ciência se dedicaram, construindo múltiplas escolas e teorias.
Wundt criou o que, mais tarde, seria chamado de Estruturalismo, por Edward Titchener; cujo objecto de estudo era a estrutura consciente da mente, as sensações. Segundo esta perspectiva, o objectivo da psicologia seria o estudo científico da Experiência Consciente através da Introspecção. Titchener levou a ideia da psicologia para os Estados Unidos da América, modificando-a em alguns pontos. As principais limitações do Estruturalismo residem no facto de a introspecção não ser um verdadeiro método científico incontestável e de esta corrente excluir a psicologia animal e infantil. Esta corrente foi extinta em meados do século XX.


1.3. Funcionalismo
O funcionalismo é o modelo que substitui o estruturalismo na evolução histórica da psicologia, sendo o seu principal impulsionador William James. O principal interesse desta corrente teórica residia na utilidade dos processos mentais para o organismo, nas suas constantes tentativas de se adaptar ao meio. O ambiente é um dos factores mais importantes no desenvolvimento. Os funcionalistas queriam saber como a mente funcionava, e não como era estruturada.


1.4. Psicologia do desenvolvimento
Psicologia do desenvolvimento é o estudo científico das mudanças de comportamento relacionadas à idade durante a vida de uma pessoa. Este campo examina mudanças através de uma ampla variedade de tópicos, incluindo habilidades motoras, habilidades em solução de problemas, entendimento conceitual, aquisição de linguagem, entendimento da moral e formação da identidade.

Geralmente os psicólogos do desenvolvimento fazem questões que incluem as seguintes:
São as crianças qualitativamente diferentes dos adultos ou eles simplesmente não têm a mesma experiência dos adultos?
O desenvolvimento ocorre através de uma acumulação gradual de conhecimento ou por mudanças de um estágio de pensamento ou outro?
As crianças nascem com conhecimento inato ou elas percebem as coisas com a experiência?
O desenvolvimento é direccionado pelo contexto social ou por algo dentro da criança?


Capítulo II Estabelecer a distinção entre crescimento, desenvolvimento e maturação


2.1. Crescimento, Desenvolvimento e Maturação – Distinção
Da mesma forma que a tecnologia foi evoluindo com o passar do tempo, a visão que temos do ser humano também foi se modificando e ampliando com as novas tendências e teorias científicas a respeito de seu desenvolvimento.

Rogers, Maslow e outros teóricos, afirmam que, tal como ocorre com as plantas que, mesmo em locais escassos de sol lutam em busca do mesmo e da vida, embora os meios lhe sejam adversos, nós, os seres humanos, temos um impulso inerente ao organismo como um todo para nos direccionarmos ao desenvolvimento de nossas capacidades tanto quanto for possível, quer sejam físicas, intelectuais ou morais, em conjunto, sendo a finalidade ou propósito do desenvolvimento a "auto-realização ". Isto é o crescimento refere-se ao aspecto quantitativo das proporções do organismo, ou seja, trata-se das mudanças das dimensões corpóreas, como peso, altura, perímetro cefálico, etc.
O desenvolvimento abrange processos fisiológicos, psicológicos e ambientais contínuos e ordenados, ou seja, segue determinados padrões gerais. Tanto o crescimento como o desenvolvimento produzem mudanças nos componentes físicos, mentais, emocionais e social do indivíduo, independentemente de sua vontade. As mudanças ocorrem segundo uma ordem invariante. Por exemplo: antes de falar a primeira palavra a criança balbucia. Antes de formar uma sentença completa com sujeito, predicado e complemento, ela usa frases monossílabas. O mesmo acontece com o andar. Antes de andar, a criança senta e engatinha. Essa sequência segue um padrão de evolução e da mesma forma acontece em outras áreas do desenvolvimento. Logo o desenvolvimento refere às mudanças qualitativas, tais como aquisição e o aperfeiçoamento de capacidades e funções, que permitem à criança realizar coisas novas, progressivamente mais complexas, com uma habilidade cada vez maior.O crescimento termina em determinada idade, quando esta alcança sua maturidade biológica, enquanto que desenvolvimento é um processo que acompanha o homem através de toda a sua existência.


A maturidade ocorre no momento em que o organismo está pronto para a execução de determinada actividade e não se limita ao estado adulto. Em qualquer fase da vida, podemos falar em maturidade. Por exemplo, a criança que anda com um ano de idade, apresenta maturidade nesta função, porém não existe apenas maturidade física, mas também maturidade mental, social, emocional, sexual, enfim maturidade geral da personalidade. Logo a maturidade é o processo através do qual ocorre a mudança e o crescimento progressivo, nas áreas física e psicológica do organismo infantil. Subjacentes a tais mudanças existem factores intrínsecos transmitidos por hereditariedade, que constituem parte do equipamento congénito do recém-nascido.



Capítulo III Compreender a questão de inato e adquirido


3.1. Inato VS Adquirido
Antes de mais, deve-se compreender:

Conhecimento
O homem sentiu, desde sempre, necessidade de explicar o mundo que o rodeia. Por isso, o problema do conhecimento foi colocado logo desde o início da filosofia grega.
Embora o conhecimento seja, não um estado mas sim um processo e, como tal, necessariamente relacionado com a actividade prática do homem (conhecer não é só possuir uma representação mental do mundo, é também actuar no mundo a partir da representação que dele temos), tradicionalmente, o conhecimento foi descrito como uma relação entre um sujeito, enquanto agente conhecedor, e um objecto, enquanto coisa conhecida. Dois grandes problemas se colocam:

Qual a origem do conhecimento?
Será que todo o conhecimento procede apenas da experiência? Será que alguns dos nossos conhecimentos têm a sua origem na razão? Ou será que todo o conhecimento resulta de uma elaboração racional a partir dos dados da experiência?
Três respostas são possíveis a esta questão: o empirismo, o racionalismo e o empírico-racionalismo ou intelectualismo.


Empirismo
O empirismo considera como fonte de todas as nossas representações os dados fornecidos pelos sentidos. Assim, todo o conhecimento é «a posteriori», isto é, provém da experiência e à experiência se reduz. Segundo os empiristas, inclusivamente as noções matemáticas seriam cópias mentais estilizadas das figuras e objectos que se apresentam à percepção.

" Os pontos, as linhas, os círculos que cada um tem no espírito são simples cópias dos pontos, linhas e círculos que conheceu na experiência"
Stuart Mill

Assim, "a linha recta seria uma simples cópia do fio de prumo, como o plano, simples cópia da superfície do lago, o círculo da lua ou do sol, o cilindro do tronco de árvore e a noção de número deriva da percepção empírica de colecções de objectos." (Ribeiro e Silva, 1973, p. 390).

Racionalismo
Os racionalistas consideram que só é verdadeiro conhecimento, aquele que for logicamente necessário e universalmente válido, isto é, o conhecimento matemático é o próprio modelo do conhecimento. Assim sendo, o racionalismo tem que admitir que há determinados tipos de conhecimento, em especial as noções matemáticas, que têm origem na razão. Não quer isso dizer que neguem a existência do conhecimento empírico. Admitem-no. Consideram-no porém como simples opinião, desprovido de qualquer valor científico. O conhecimento, assim entendido, supõe a existência de ideias ou essências anteriores e independentes de toda a experiência.
Descartes defende uma particular posição no interior do racionalismo: o racionalismo inatista.

Resumindo, racionalismo e empirismo são doutrinas filosóficas que respondem à questão acerca da origem do conhecimento. Se na perspectiva do Empirismo esta deriva da experiência, não havendo no nosso espírito dados independentes desta, na perspectiva racionalista, o conhecimento tem a sua origem na razão, tendo estes princípios ou ideias independentes da experiência.


Assim sendo, compreende-se por adquirido, todo o conhecimento proveniente das percepções que temos da experiência sensível. Nesta temos as impressões, que são mais nítidas, e as ideias, que são percepções enfraquecidas. Toda a nossa actividade mental consiste em fazer associações de percepções derivadas da experiência. Por outro lado, inato, compreende-se como ideias que, com mais clareza e distinção, se apresentam ao nosso espírito, porque são inatas, já nasceram connosco, a razão humana pode, independentemente da experiência, chegar ao verdadeiro conhecimento. Estas ideias inatas, claras e distintas, não são inventadas por nós mas produzidas pelo entendimento sem recurso à experiência. Elas subsistem no nosso ser, em algum lugar profundo da nossa mente, e somos nós que temos liberdade de as pensar ou não. Representam as essências verdadeiras, imutáveis e eternas, razão pela qual servem de fundamento a todo o saber científico.


Capítulo IV Explicitar a importância das atitudes das relações sociais


4.1. As Atitudes – Definição e Componentes
As atitudes, do ponto de vista da psicologia social, são um ponto fulcral visto que influenciam comportamentos como a atracção, a discriminação, escolhas, forma como determinamos aspectos do quotidiano, como optamos entre A ou B. Tratam-se de uma avaliação de pessoas, objectos e temas que envolvem cognição, comportamentos e sentimentos. As atitudes são adquiridas, uma pessoa não nasce com uma atitude, não é algo inato. Além de adquirida é duradoura, não pode ser comparada a um estado de espírito pois, ao longo da sua vida, uma pessoa pode manter a sua atitude face a determinado tema.
As atitudes são constituídas por três componentes: cognitiva, afectiva e comportamental.

Componente Cognitiva
Um indivíduo possui conhecimento sobre determinados temas.
Os temas poder ser os mais variados: religião, economia, ambiente, etc. Ao manifestar razões quer contra ou a favor, o indivíduo está a pôr em pratica a componente cognitiva das atitudes.

Componente Afectiva
Contrariamente à cognitiva, a componente afectiva manifesta-se através dos sentimentos que demonstra em relação a algo. Por exemplo: uma mãe sentir-se preocupada com o seu filho que está no hospital ou um amigo mostrar antipatia devido a um comportamento de outro.

Componente Comportamental
Esta componente trata-se da união dos anteriores. Manifestar uma opinião já formada e o seu sentimento em relação a um determinado tema.


4.2. Formação e Desenvolvimento das Atitudes
As atitudes são adquiridas, não inatas, isto é, um indivíduo não nasce com atitudes.
A infância é o período onde se adquire mais facilmente as atitudes. Pode-se considerar a criança como uma esponja, pois esta absorve tudo o que lhe rodeia. Os pais são a principal fonte de atitudes que lhe são incutidas. Por exemplo, muitos dizem aos seus filhos par se afastarem de animais perigosos pois estes podem potencialmente fazer-lhes mal. O dito afastamento é a atitude face ao animal que, neste caso, é o objecto.
Ao longo do seu crescimento, a criança começará por “abandonar o ninho” e a pensar por si mesma e integrar-se no meio social (grupo).
Um adolescente já terá as suas atitudes definidas face a um determinado assunto e este poderá adoptar, adequar ou interiorizar outras. Para este integrar-se num grupo terá de corresponder a determinados padrões. Exemplo: um grupo de adolescentes que ouvem o mesmo estilo de música receberá outro com o mesmo gosto de música. O gosto por um determinado estilo de música é a atitude e o grupo de adolescentes é o objecto.
O meio onde estamos inseridos também influencia as atitudes. Devido ao multiculturalismo, as atitudes das pessoas são diferentes de cultura para cultura. Na cultura grega, após o copo de água todos os convidados partem os pratos para celebrar a união entre duas pessoas. Comparativamente à nossa cultura portuguesa, a nossa atitude perante tal tradição é de espanto visto que nós não fazemos os pratos.


Capítulo V Identificar as bases biológicas de comportamento humano


5.1. Desenvolvimento humano
De acordo com as citações de alguns autores, o estudo do desenvolvimento humano torna-se fascinante devido ao facto de falar directamente das nossas vidas. Este baseia-se na velha intuição acerca da compreensão individual e da auto-descoberta: se conseguirmos descobrir as nossas raízes e a história das mudanças que nos transformaram no que somos actualmente poderemos compreender melhor.
Sendo o desenvolvimento um processo que cresce connosco abrange todo o ciclo da vida, uma vez que os indivíduos, enquanto vivem têm capacidade de mudança. Mudanças essas que são as mais especificas, pois ocorrem nos primeiros tempos de vida de um indivíduo, tais como, o recém-nascido transforma-se em pouco tempo numa criança autónoma, cresce e adquire capacidades que a tornam num membro activo na nossa comunidade.
“O desenvolvimento como o sequencia das modificações físicas e psicológicas que se observam no ser humano, que acompanham a idade, desde a concepção. O desenvolvimento não é, assim, um patamar de chegada, mas um processo de transformação ininterrupto.”

5.2. Estudo do desenvolvimento humano
Os primeiros estudos efectuados nesta área constam em biografias de crianças, muitas vezes redigidas pelos pais. No entanto, no século XIX, muitos cientistas começaram a registar também em diários as observações dos seus próprios filhos. (um dos diários mais famosos é o que Charles Darwin escreveu sobre o seu filho mais velho).
Quando se começou a fazer estudos do desenvolvimento humano, o objectivo era conseguir fazer a descrição do comportamento, com vista a estabelecer normas relativas à idade.
Para o fazer utilizaram vários métodos de investigação com o objectivo de conhecer as crianças e identificar os processos de desenvolvimento que nos explicam as mudanças de comportamentos nelas observadas.

Para os teóricos da aprendizagem, o desenvolvimento humano “resulta da aprendizagem, com base na experiência ou adaptação ao ambiente”, reforçando que” a vida é um contínuo processo de aprendizagem: novos eventos e novas experiências desenvolvem novos padrões de comportamento” (Berger, 2003).


5.3. Processos biológicos

Evolução

Evolução biológica refere-se a mudanças em seres viventes durante a história da vida na Terra. Explica que estes seres evoluíram de antepassados comuns. Com o passar do tempo, processos biológicos como a selecção natural dão lugar a novas espécies. Darwin chamou este processo de "descendência com modificações" que permanece uma boa definição de evolução biológica até hoje.
Esta teoria foi bem sucedida e tirada de uma variedade de fontes de dados, inclusive observações sobre o registo fóssil, informação genética, distribuição de plantas e animais e as semelhanças de anatomia e desenvolvimento entre diferentes espécies. Os cientistas deduziram que a "descendência como modificação" oferece a melhor explicação científica para estas observações, no qual as populações se dividiram de uma para a outra, e gradualmente ficaram diferentes.
À medida que as populações se tornam isoladas entre si, elas deixam de compartilhar genes, e as diferenças genéticas, eventualmente, aumentam até que os membros do grupo já não se podem cruzar. Através do tempo, elas tornam-se espécies separadas e podem dar lugar a novas espécies.


Genética

A hereditariedade consiste na transmissão das características biológicas dos pais para os filhos. A transmissão desta informação genética faz-se através dos cromossomas (estrutura que se encontra no interior do núcleo de cada célula. Existem 46 na célula mãe de cada ser humano). Os cromossomas são constituídos por genes (as unidades que transmitem as características hereditárias), compostos por sua vez por moléculas de ADN (ácido desoxirribonucleico que contém a informação genética). O Código Genético que define as características biológicas de cada ser é determinado pela sequência dos genes existentes nos cromossomas.

Sistemas


Sistema nervoso

O sistema nervoso é constituído por filamentos que se espalham ao longo do corpo e que se dirigem para o crânio. Estes filamentos são os nervos, a estrutura que se aloja no crânio é o cérebro e a que está no interior da coluna vertebral é a Espinal-medula. As células constitutivas do sistema nervoso denominam-se neurónios. Os neurónios são as unidades elementares do sistema nervoso, variando entre si de acordo com a sua função e localização. Existem três tipos fundamentais de neurónios:
1. Neurónios sensoriais (ou aferentes);
2. Neurónios motores (ou eferentes);
3. Neurónios de conexão.

O sistema nervoso central divide-se em duas partes fundamentais: a Espinal-medula e o Cérebro.


Sistema endócrino

O sistema endócrino é constituído por um conjunto de glândulas espalhadas pelo corpo tendo como função controlar o ambiente interno não só de cada órgão como de todo o corpo. As glândulas segregam uma substância química (hormonas) que lançam directamente no sangue. Esta substância actua no organismo como estimulante ou inibidora. A variação na produção destas glândulas provoca importantes efeitos no comportamento das pessoas.
Todo o sistema endócrino é comandado pelo Hipotálamo, que está alojado no interior do cérebro. É ele que controla o modo como sentimos e exprimimos as emoções, regula os processos orgânicos autónomos e a intensidade dos impulsos dos desejos.

Sistema imunitário

O sistema imunitário é composto por células e substâncias solúveis. As células mais importantes do sistema imunitário são os glóbulos brancos. Os macrófagos, neutrófilos e linfócitos são tipos diferentes de glóbulos brancos. As substâncias solúveis são moléculas que não fazem parte das células, mas que se dissolvem num líquido como o plasma. As substâncias solúveis mais importantes são os anticorpos, as proteínas do sistema do complemento e as citocinas. Algumas substâncias solúveis actuam como mensageiros para atrair e activar outras células. O complexo major de histocompatibilidade (MHC, major histocompatibility complex) é a base do sistema imunitário e ajuda a identificar o que é próprio e o que é estranho.


5.5. Conceito de estádios

São transformações de natureza qualitativa que se verificam ao longo do desenvolvimento humano, cuja sucessão obedece a uma sequência invariante. As aquisições que se realizam em cada estádio não se perdem, mas não são integradas no estádio seguinte.


Mito de Psiquê
Psyché era uma jovem princesa grega de beleza rára por quem Eros (cupido) se apaixonou.
Para a conquistar Eros ou (amor) filho de Afrodie (casada com Hefeso) deusa do amor e da beleza, e de Arés (morte) deus da guerra, prometeu-lhe felicidade eterna, num palácio suptuoso, mas pós uma unica condiçao: Psyché nunca poderia ver o rosto do seu amado.
Psyché, "morta" de curiosidade e mal aconselhada pelas irmãs, que estavam ruidas de inveja, acendeu uma candeia para poder comtemplar o esposo adormeçido. Por infelicidade, deixou cair sobre ele uma gota de azeite quente. Eros acordou e, sentindo-se traido, fugiu a toda a pressa e dasapareçeu. Desde então Psyché teve de suportar uma série infindavel de sofrimentos, que Afrodie lhe impos pelo desaparecimento do seu filho.
Zeus achou que devia intervir, e Afrodite reconciliou-se com Psyché, tornando-a imortal e lingando-a a Eros para toda a eternidade.
Com este mito procura-se explicar a imortalidade da alma.



Trabalho realizado por:

Ana Mendes

André Santos

Cristiana Gonçalves

Hugo Marques

3ºComunicação


postado por,

Cristiana Gonçalves

nº26028

"Essas asas... Eu também as quero."



Está escuro ..
Deitado na cama com os meus pensamentos
Ganho asas
As penas caem graciosamente, brilhando, no chão
Umas não chegam a tocar a frieza da tijoleira
Em vez disso, pairam sobre o ar cheio de nada
Essas são sortudas!
São o fogo-de-artificio da minha alma
Uma manifestação da minha alegria ..
Um transe incomum tendo como acessórios simbolos de Liberdade!

Ouvi dizer que os Humanos sonham ser Anjos ..

Mas ouvi uma coisa ainda melhor ..

O quê?

Saber o sonho de um Anjo.

Qual é?

ser Humano ..

se isso é verdade ..

Qual será o Anjo que me aparecerá à frente que me irá pedir em troca as minhas costas normais .. ?

Quero saber!

Quero que o transe se torne realidade!

Voar daqui, oh maravilhoso sonho!

Ter aquelas asas com que sempre sonhei ..

"As asas que simbolizam a Liberdade daqueles que não a têm .."


André Santos

nº 26024