Como líquido a derrarmar-se num copo, cheio do desconhecido sentido de estar transbordando de vazio, assim se remete hoje o meu espírito harmonizado por todo este frio que enregela o corpo.
Um líquido de cor que bem conheço, tenebroso e mórbido. O submundo.
Todos escondem segredos...
Quem diz que conhece quem tem do seu lado, não se conhece a si mesmo...A monotonia dos dias (ou serão anos?) no intimo burburinho da multidão.
Dou por mim num desafio de labirinto, tropeçando em meus próprios pés. O sussurro estilhassa-se por quilómetros, relembrando-me do que não sou.
A maquilhagem talvez disfarce, mas o sorriso continua a paralisar. Mas o importante é que o espectáculo tenha seguimento.
A transbordar de recordações vazias passeio pela memória, acabando por não dizer...
Encalistrada pela efémera sociedade, sinto a utópica liberdade que me desprende do âmago. Sinto saudade, mas não o digo.
Preciso metarmofisiar-me, sair do casulo em que me encontro vidrada. Para sempre ou para nunca.
Sigo os azuleijos por onde me desloco rastejando, nunca soube voar. O caminho quimérico é agora mero espectro, no meu inconsciente drenado e imergido da imaginação sedenta de módicos pedaços de sentimentos.
Qual é mesmo o verdadeiro sentido para se viver?
Que refulgentes banalidades...
Que grandiosas futilidades...
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