segunda-feira, 18 de maio de 2009

Sinti-me apodrecer.
A minha pertubada mente constrói desvaneios.

Render ou enlouquecer?

Meu ID desvanesce-se, cai aos pedaços, sinto-me doente.
Uma tenebrosa bala que me guie em direcção ao quente mundo.
Não anseio o Céu, não quero na Morte o que nunca tive em Vida.
Quero o Inferno! O Seth pecador.
Quero a vida que tenho na Morte.

Não me enterrem, não me enterrem!
Destruam-me através do calor brasente das chamas. Não necessito de caixão, os crentes nunca se vergam.
Deixem o fogo penetrar-me, o corpo ser definhado por esse calor que invade os animais nas intermitências da paixão.
Lancem-me ao Mar, ao Fado dos poetas mortos, onde se rendem ou enloquecem...

Tenho vontade de correr para onde saiba que me vou encontrar.
Preciso estar sozinha, sem mim, sem ti e com toda a gente...
Preciso reinventar o verbo "Ser".

Sou, és, somos, sois, são.
Não sou, talvez sejas, nunca fomos...

Grito por mim, por ti, por eles.
Mas não me quero, não te quero, não os quero...



From Sandra'Soares*

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